Friday, December 19, 2008

Mini-férias

Pouco tempo, duas semanas.
Mas totalmente de pernas pro ar... já é alguma coisa.


Até 2009!

Friday, December 12, 2008

Homem Torre no Youtube

Parte 1




Parte 2

Thursday, December 11, 2008

Homem Torre @ vimeo

Saiu!


Homem Torre from Ico Oliveira on Vimeo.

Wednesday, December 10, 2008

Premiere Homem Torre


Exibição única para amigos, penetras e pseudo-cults.

E depois tem mojitos e Jazz.


Aguardo todos no Balaio Café, 201 Norte.

Monday, December 08, 2008

Eu avisei...

Se tem uma coisa que eu aprendi com a Bréscia nessa vida, é o quão legal é virar pra alguém e falar: EU AVISEI...
Desde então, eu venho procurado por oportunidades pra poder usar essa tão estimada frase.

No dia 04 de agosto de 2008, eu disse o seguinte para o meu gaúcho preferido:

(clique AQUI pra poder ver grande)

E no dia 07 de dezembro aconteceu isso:

(Foto do meu amigo Cássio, ontem no Bezerrão)

Marcelo, olha só, eu sei que isso é chato, mas...

EU AVISEI!

Diálogos Relevantes - The Queen

Ninguém ganha da minha mãe, se tratando dos melhores diálogos do mundo.
She's the real queen, not me.

Quarta passada, eu tava terminando meus trabalhos na faculdade, e nem tinha ido pra aula, e o telefone toca.

- Alô
- Oi, minha filha! chegou cedo em casa!
- Na verdade nem fui pra aula, mãe. Hoje era só entrega de trabalhos, e eu pedi pra um amigo entregar pra mim. Daí vim pra casa terminar os outros...
- Ah, que bom! E o inglês? Como tá no inglês? Tá dando conta?
- Ah, mãe... agora que eu peguei mais o ritmo, tô conseguindo conciliar mais o inglês com o resto das minhas atividades, né? (eu tava pensando em trancar o inglês até me formar, tá foda de fazer tudo ao mesmo tempo. Mas daí eu formo no inglês em julho, e resolvi continuar.)
- Minha filha, sabe o que eu to pensando em fazer? Colar entiqueta em tudo na casa, pra eu lembrar do nome das coisas... (minha mãe começou um curso de espanhol ano passado)
- HUAUHAUHAHAUAHAUHA sério, mãe?
- É, se não eu não lembro! Tu lembra o nome das coisas?
- Eu acho que sim...
- Como que é garfo em inglês?
- Ih, não lembro!
- Vixe, tá ruim demais esse teu inglês então, minha filha! Como é colher em inglês?
- Spoon.
- E faca?
- Knife.
- E copo?
- Glass.
- Ah, tá ótimo! Você sabe o nome das coisas!
- Mas também, né mãe? Tantos anos de estudo tinha que dar em alguma coisa...
- hahahahahahaha é verdade. E aí, você tem falado com a sua tia?
(...)

Só minha mãe pra me fazer essas perguntas, num telefonema de Roraima, às 22h.

Thursday, December 04, 2008

O Homem Torre de TV

Bom, é de conhecimento de alguns que esse semestre eu tive uma matéria de video na faculdade, e que eu e os meninos (meu grupo) estamos engajados num curta-metragem, chamado O Homem Torre de TV.

Ainda estamos fazendo segredinho com o curta, e estamos soltando as coisas aos poucos.
Então segue aí, um primeiro Making Of do Homem Torre, só pra vocês sentirem o gostinho:


Wednesday, December 03, 2008

Diálogos Relevantes - O Retorno

Fim de semestre, estou eu desenhando uma tipografia para entregar como trabalho final.

Pensei alto:
- Caralho, como é um "Q" maiúsculo?
- Um "Q" é um "O" com rabinho.
- E como fazer um "O" com rabinho sem ficar bizarro?
- É... complicado.
- Complicado não, isso é tão difícil de responder quanto "Deus existe?", "Qual o sentido da vida?" e "O que veio primeiro: o ovo ou a galinha?"...


Acho que preciso dormir.
Ando muito mais dramática do que o normal.

Tuesday, December 02, 2008

2 de dezembro

Dois de Dezembro é um dia tão especial!
Tantas coisas legais nesse dia. Primeiro que é Dia Nacional do Samba, segundo que é aniversário da Britney Spears, e ela sempre lança coisas legais nesse dia, e terceiro porque é aniversário do meu Alasão.

Não tem como esquecer: Samba, Britney, Bruna.

Mas nem a Britney, nem o Samba, tem a mesma importância da Dona Bruna. E seria um absurdo se tivesse, né?
Anos de amizade, anos de amores chorados, anos de fofocas contadas, anos de conselhos, conselhos bons e conselhos absurdos, anos de piadas infames, anos de Bruna e eu.
E a Bruna fez eu gostar de samba, então Bruna merece muito mais elogios e homenagens.

Alasão, eu só queria te homenagear nesse dia.
Te dizer que por mais estranha e escrota que eu possa ser, por mais esporro que eu possa te dar, isso tudo eu faço porque eu amo muito você.
Te ver passando por uma fase tão difícil, me entristece muito.
Por mais piadinhas que eu faça, você não é um fardo, você não é um incomodo, você é minha amiga.
Eu te amo e te aturo do jeito que você é.

Feliz Aniversário,
que Deus te abençoe e realize todos os seus sonhos.
Sou tua fã número 1, e por isso eu sou a líder da torcida da tua felicidade.


E é por isso que eu grito:


VAAAAAAAI ALASÃO!

Friday, November 28, 2008

Quase Dezembro

Domingoooo, eu vou lá no Morumbi! Eu vou, eu vou!

Não é só o Morumbi, é São Paulo.
São Paulo sempre representa coisas boas pra mim.
São Paulo no fim de Novembro significa o fim de um mês que parece tanto com Setembro, mas graças a Deus, não é.

E sempre acontecem coisas boas em São Paulo.
Desde encontros com a última pessoa no mundo que você esperava encontrar, ou simplesmente andar na Liberdade, comprar papel de origami bem baratinho, e comer sushi naquele restaurante enorme e cheio, porque lá o almoço é no quilo. E o fato de saber que você pode comer um quilo de sushi por um preço abaixo do mercado, é algo que tão feliz, mesmo que não caiba um quilo de sushi dentro de você. Em mim cabe.

E acontecer coisas boas no fim de Novembro, é como encerrar um ano complicado, mesmo que ainda tenha Dezembro pela frente, mas o ano acaba com Novembro.
Daí vem comprinhas de natal, amigo-oculto do 305, e natal com a família, e pronto, acabou. Vamos começar de novo!
Comprar, pra uma mulher, é maravilhoso. O Natal do 305 é quando a gente se rende, a gente se abraça, e comemora mais um ano de mazelas, e eu cozinho o melhor prato que eu cozinhei o ano inteiro! E o natal com a família eu não preciso cozinhar nada, o que pra mim é muito bom, porque eu não gosto de cozinhar.

Então eu tenho que ficar feliz. Porque domingo começa uma fase feliz.
E uma fase feliz que começa com 70 mil pessoas, num estádio lotado, todos com a mesma vontade do que eu, de ver o meu Tricolor ser Hexacampeão.
E mesmo que não aconteça nada em São Paulo, pelo menos aquelas coisas que eu to acostumada a acontecer, se acontecer só um Hexacampeonato, eu vou ser tão feliz!

Então que venha São Paulo, Morumbi e Dezembro.
Porque 2009 não promete muita coisa, mas São Paulo, Morumbi e Dezembro prometem.

Ei, você aí, prepara a festa porque o Hexa vem aí!


Thursday, November 20, 2008

Lobo de onça

Essa moça
ela é lobo
ela é onça
ela é rock
ela é samba
é lobinho
é Lobão
Essa moça
ela é ternura
ela é força
essa moça
que eu
não é
essa
moça
eu

Tuesday, November 04, 2008

Na velocidade terrível da queda

Eu liguei Lobão, proposital.
Pra me fazer doer, pra me fazer chorar, pra me machucar. Mais, muito mais.
É que eu não aguento mais.
A eterna insatisfação, a alegria que nunca dura muito, a injustiça sempre à favor dos outros, o sentimento de afundar cada dia mais. E se for verdade, que aconteça de uma vez. Porque essa história de sofrer de pouco em pouco, de morrer um pouco a cada dia, de se despedaçar bem devagar... ela não é pra mim.
Eu tenho pressa. Por isso Lobão. Pra afundar de vez.
Até nas músicas que a afundam, essa pessoa que vos escreve não sabe escolher. De Lobão à Interpol, nem se anda muito longe, só remetem às queimaduras de primeiro grau. Deixa só essa música terminar, que eu vou pro Coldplay, ou vou apelar comigo mesma e vou pra Edith Piaf. Apelou, perdeu. Mas perder é a intenção mesmo. Dos sentidos.

Mais do que tudo, o que me cansa mesmo é a enrolação.
Eu sou uma pessoa prática, meu pensamento era pra ser prático!
Então eu quero sofrer de maneira prática. Sofrendo tudo que eu tenho pra sofrer, AGORA.
Pra tal bonança chegar logo, pro céu abrir, pra ver a luz, pra ter redenção, a paz.

Fundo do poço, aqui vou eu.



"Maybe we like the pain.
Maybe we're wired that way.
Because without it, I don't know... maybe we just wouldn't feel real. What's that saying?
'Why do I keep hitting myself with a hammer?
Because it feels SO GOOD when I stop."

Deja Vu

Novembro promete ser o novo Setembro.

Orem por mim.

Friday, October 10, 2008

Novo Blog

Então gente, é o seguinte:

Eu vou explicar minha idéia, mas o twitter tem muitos poucos caracteres pra isso.
Bom, eu sou bem viciadinha em música, a maioria das bandas que eu curto são internacionais. E toda vez que elas vem fazer shows no Brasil, eu tento ir vê-las, na medida do possível.
O problema é que eu sempre fico sabendo dos shows em cima da hora, e não tenho muito tempo pra me preparar pra ir.
Antigamente eu fuçava um fotolog, que tinha a lista inteira de shows internacionais no Brasil, mas de bandas de metal. O fotolog foi deletado, porque o dono não tinha mais tempo pra atualizar. Eu sempre achei a idéia excelente, porque eu sou preguiçosa, e gosto de ler tudo em um lugar só. O fotolog não recebia nada por isso, ele simplesmente organizava a informação.

E é isso que eu quero fazer, um blog que organiza em um lugar só, a informação dos shows INTERNACIONAIS que haverão no Brasil, e de todos os estilos.
Não quero ganhar dinheiro (quer dizer, sempre quero, mas não é o caso), não quero que o blog seja um lugar que vai entendiar os leitores com propagandas de festas, é apenas a organização da informação, em um lugar só.

O blog já está feito -
http://showsinternacionaisbr.blogspot.com/
e esse post é pra recrutar pessoas que simpatizam com a causa, e que também sentem falta de um lugar na web pra isso.
Caso ninguém queira, afinal manter um blog atualizado requer uma certa dedicação, eu vou tentar tocar o blog sozinha. Mas eu queria muito que outras pessoas se engajassem nisso também, porque afinal de contas, música é algo que todo mundo se interessa.

Quero deixar claro, que se alguém topar, o blog não é totalmente meu, e vou aceitar sugestões, melhorias, e coisas a serem feitas nele e com ele. Vai ser uma democracia.

Espero muito que alguém tope!
Beijos!

Saturday, October 04, 2008

Dramin, Doce Dramin

Eu tava lendo o último post do blog da Cí, onde ela fala sobre a vontade de pegar um ônibus e ir pra casa, e eu fiquei com tanta inveja... primeiro da facilidade de só pegar um ônibus, e segundo, do fato da Cí ter uma casa. Ou um referencial de uma.

No caso da Cí, ela quis dizer ir pra Boa Vista, provavelmente pra casa dos pais, a casa que ela cresceu.
Mas, e pra quem não tem casa? Como fica?
Eu não tenho casa.

Quando eu saí de casa, eu tinha casa. A casa da minha mãe.
Então eu comecei a morar sozinha, e minha mãe vendeu a casa dela, e comprou outra melhor. Só que essa outra, eu simplesmente não considero a minha casa. É a casa da minha mãe.
Sabe o que é pior?
É envelhecer e ver que a minha casa sou eu.
Que quando eu falo "quero ir pra casa", eu tô falando que quero ir pra um apartamento pequeno e bagunçado, que eu não deixo quase ninguém entrar.
E sabe o que é pior ainda?
Pra fugir da minha casa, eu preciso muito mais que um ônibus, um avião, um meio de transporte que seja.
Pra fugir da minha casa eu preciso de uma garrafa de whisky, ou de um Dramin, e não aconselho as duas coisas ao mesmo tempo.

O fato é que não ando me sentindo confortável na minha casa, e trocar os móveis de lugar não resolve.
Então eu vou abastecer o meu estoque de álcool e Dramin, enquanto eu não consigo achar uma maneira de chamar outro lugar (ou o mesmo) de "Lar, Doce Lar".
Aceito sugestões.

Outubro, graças a Deus

Oi, Outubro!
Que bom que você chegou! Te aguardei ansiosamente.

Depois de tantos acontecimentos, eu achava que poderia encerrar o mês de Setembro com chave de ouro, indo pro Skol Beats, me divertindo em São Paulo, aquela cidade que eu amo de paixão.
Mas você sabe, né? Setembro é um desgraçado! Eu fico revoltada como ele consegue ser baixo!
Você acredita que quando eu cheguei em São Paulo, eu comecei a passar mal?
Primeiro eu não conseguia comer direito, depois eu achava que era pressão, depois eu achava que era piriri... mas não era nada disso. Era uma virose, mas eu só descobri isso quando eu voltei pra Brasília, e fui no hospital tomar um sorinho básico.
Eu super achando que ia terminar o mês lindamente, terminei dopada de Dramin, em uma cama.

Sabe Outubro, eu desisto. Eu já ergui a bandeira branca. Setembro é mais forte do que eu, e eu não posso lutar contra isso.
Eu sei que você é um mês muito mais camarada, e não vai me sabotar e/ou aprontar uma dessas. "In October, we trust."
No mais, eu só queria te dizer o quanto fico feliz de você ter chegado. E mais aliviada.
Seja bem-vindo, e aproveite a passagem.

Um beijo enorme, carinhoso e sincero,

Luciana Lobato

Thursday, September 25, 2008

Você precisa organizar a sua vida quando...

... você chega em casa muito tarde, abre a porta do seu apartamento, fica assustada e paralisada, olhando tudo revirado e quase pegando o celular pra ligar pra polícia, PORQUE VOCÊ JURA QUE SEU APARTAMENTO FOI ARROMBADO E REVIRADO, mas não lembra que foi você que revirou tudo antes de sair de casa, quando estava atrás de um documento.


Acho que eu tô precisando trabalhar menos.

Monday, September 22, 2008

Místicismos

Touro - Previsão para 23/9.

Com a entrada do sol em libra você pode esperar por novidades no trabalho. A fase é ótima para colocar em andamento alguns planos e projetos que foram engavetados por falta de oportunidade ou tempo. O momento pede mais atenção à sua saúde. Aproveite para elaborar uma boa dieta e um bom plano de exercícios.

Touro - Previsão para Julho, Agosto e Setembro.

Julho é um mês voltado para o trabalho. A segunda quinzena é um período bom para sair da rotina, viajar e curtir a família. Em agosto, você sentirá vontade de ser reconhecido profissionalmente e será mais exigente em relação a si mesmo. Cuidado para não ser tão intolerante. Setembro será um mês em que você estará exigindo lealdade até da sua sombra. Não cobre de mais dos outros, eles não são tão eficientes como você.

Touro - Previsão para Outubro, Novembro e Dezembro.

Em outubro você começa com enorme vontade de sair da mesmice. Novembro faz você avaliar seus sentimentos e será um período em que preferirá estar só do que em má companhia. Dezembro fecha o ano com muitas análises de tudo que passou. Não seja pessimista e escute as pessoas que o amam.

Touro - Previsão para Setembro - Horóscopo Sentimental

O romance que parecia passageiro agora adquire ares de seriedade. Mas tome cuidado com seus sentimentos de posse, pois eles podem por tudo a perder. Se você ainda está à procura do amor, pode esperar pois ele está chegando. Mas este não é um amor para passar por sua vida. Ele vem para ficar e exigirá muito de você. Prepare para aprender a se dar de verdade. Casamento à vista.

E é nisso que eu tô me tornando.
Pedante, esperando novos ares e novos amores.
Se nada acontece, eu vou encontrar isso aonde?
No horóscopo, claro.

Friday, September 12, 2008

O nada Doce Setembro.

Será que existe alguma lógica esotérica que explique o poder do mês de Setembro?
Provavelmente, tem doido e ciência pra tudo mesmo.

Eu que não sou nada mística, e completamente incrédula de tudo que é humano e mundano, tô começando a acreditar na bizarrice do mês de Setembro.
Se bem que pra isso não precisa de crença divina, só basta abrir os olhos e enxergar o que é evidente: tanto desgraça como bênção, só vem no mês número 09.

No começo eu achava que era frescura da Bréscia, porque ela que não sabe envelhecer, ela isso, ela aquilo, ela, muito ela.
Mas sabe aquela história de que a gente paga nossa língua? Dito e feito.
Setembro me mostrou quem ele realmente é.

Eu não vou começar a contar aqui o que anda acontecendo, porque de reclamações e desgraça esse blog tá repleto, e eu decidi no começo de 2008 que uma das minhas metas era parar de lamentar, e tomar atitudes ao invés disso. Pontos e estrelas pra mim... eu sei.

Então beleza, deixa eu ir pra segunda parte do raciocínio:
Se não bastasse a Bréscia me enchendo a cabeça com essas histórias, tem o Reinolds.
O Reinolds ama quintas-feiras.
Porque pra ele, nas quintas SEMPRE acontece alguma coisa. Boa ou ruim. Mas SEMPRE acontece algo realmente relevante.
E mais uma vez, eu achei ridículo. Eu não acredito em horóscopo, em tarot, em numerologia, e nessa frescurada toda. Só acredito em Deus porque Ele é muito maior que eu. Mas isso não anula o fato dEle ser um cara muito gozador... e vejam só!
O que me aconteceu ontem?
COISAS REALMENTE RELEVANTES.

Ou esse povo tem uma visão maior que a minha, ou muita sorte, ou tem uma boquinha maldita, viu?
Porque eles tão me fazendo até repensar nos meus conceitos e crendices.
Daí agora nas quintas-feiras de Setembro, eu vou sair de casa num CAGAÇO DO CARALHO, sabendo que alguma coisa vai acontecer, e que a chance de eu voltar bêbada pra casa é muito grande. E a de simplesmente não voltar pra casa também.

Aos meus amigos, eu digo para me procurarem às sextas, que sempre vou ter muita história pra contar.
É bom que eu já emendo com o porre da quinta, e depois da sexta a gente bebe no sábado, e se possível também no domingo...
E a vida segue, porque por mais Setembro que seja, a gente ainda bebe quanto tem que beber, e ainda "rí do que acha graça".

Monday, August 25, 2008

Calouragem

Eu tava olhando o blog novo da Cora, e a magia que ela descreveu a compra de materiais pro curso de arquitetura que ela acabou de começar.

Eu me lembrei de quando eu comecei a faculdade, sem saber o que deabos era Design de fato, me achando porque já mexia com alguns softwares e cheia de conceitos errados sobre tudo na vida.
Mas era tão legal...
Eu comprei resma de papel A3, estilete, lapiseiras pra todas as larguras de grafites existentes, escalímetro, jogo de esquadros, lápis de cor, compasso.. tudo o olho da cara.
Não fazia a mínima idéia de como usar a grande maioria desses materiais, e tava apavorada pela fato de não saber desenhar.

Porque todo mundo que entra no curso de design acha que tem que saber desenhar.
Ainda mais quando aparece um monte de gente com uma pasta cheia de desenhos legais, que eu nunca cogitei em fazer.

Mas daí o tempo passou, eu descobri que desenhar é pra quem desenha (profundo, não?), e eu posso ser uma ótima profissional assim mesmo.
E as matérias de desenho foram só pra me darem noção espacial, e muitas referências.
E quem eu achava que desenhava bem, é tudo uma merda.
HUUAHAUAHAUHAUAHAUHAUAHA
Mentira, tem alguns que salvam.
Alguns.

Mas o que eu mais sinto falta, é a calouragem, sabe?
Aquele sentimento de começar algo novo, a ansiedade de não saber do futuro, a tentativa de descobrir se entrei no curso certo...
E dos amigos.
A gente se divertia tanto nas aulas de desenho...
Pra mim era tão bom... porque era quando a gente podia parar pra conversar, saber o que tava acontecendo na vida do outro.

E agora não tem mais matéria de desenho.
Não tem mais conversa sobre vida fora da faculdade.
Não tem mais nada.
Não tem mais tempo nem pra sentar no bar.
E eu sinto falta.

Mas as coisas mudaram tanto... as pessoas mudaram tanto... eu mudei tanto.. que sinceramente:
Eu não faço mais questão.

Wednesday, August 20, 2008

Blog Action Day 2008 - Pobreza!


Dia 15 de outubro é o Blog Action Day 2008. Participe!



Blog Action Day (Dia de Ação nos Blogs) é um evento anual não-lucrativo que tem como objetivo unir os blogueiros, podcasters e videocasters do mundo todo para postarem sobre o mesmo assunto no mesmo dia. Nosso objetivo é gerar uma discussão global em que as opiniões e idéias de milhares de pessoas diferentes enfoquem um único tópico.

Se você quiser fazer parte do Blog Action Day, você pode colaborar de uma ou mais das várias maneiras a seguir:

Publique em 15 de outubro
Se você tem um blog, podcast ou videocast, você pode inscrever seu blog ou site para participar no Blog Action Day. De 15 de agosto a 15 de outubro, nós pedimos que os blogueiros registrem seu site para participar, pois assim poderemos ter uma idéia de quantos blogs estão inscritos e qual seu público-alvo.
No dia 15 de outubro, os blogs participantes vão postar um texto, vídeo ou podcast sobre pobreza. Você também pode decidir doar a renda resultante de publicidade do seu site para uma organização que trabalha contra a pobreza.
Nós pedimos aos blogueiros que continuem postando de acordo com o tópico do blog e de seu público-alvo, e que abordem o assunto de maneiras diferentes.


Doe a renda de um dia
Se você gera renda em seu blog com publicidade, patrocínio, doações, ou venda de produtos, nós pedimos que você doe a renda gerada no dia do Blog Action Day para uma organização que trabalha contra a pobreza.


Promova o Dia
O Blog Action Day depende de publicidade para que as pessoas saibam sobre esta iniciativa. Se você tem um blog ou website e gostaria de ajudar, você pode fazer o seguinte: Escrever um post em seu blog encorajando outros blogueiros a fazer o mesmo no dia do Blog Action Day. Colocar o vídeo do Blog Action Day em seu website. Colocar um banner do Blog Action Day no seu site. Mandar e-mails sobre o Blog Action Day para os seus contatos!

Hoje somos 2,385 inscritos!
Inscreva o seu também!
http://blogactionday.org/


Blog Action Day: Stand Up To Poverty, October 15th


October 15th is Blog Action Day 2008. Get involved!


What is Blog Action Day?
“Blog Action Day is an annual nonprofit event that aims to unite the world’s bloggers, podcasters and videocasters, to post about the same issue on the same day. The aim is to raise awareness and trigger a global discussion.” - This year the discussion is poverty.

You can read more about
http://blogactionday.org/

What Can I write about?
The best thing a blog can do is to keep their post on topic. Audiences visit our blogs because they enjoy the style, personality and topic of the site. So it makes sense that the best way to get through to these audiences is to use that same style, personality and topic to talk about Poverty. For example:
- A Design Blog might analyse a set of charity posters and how they convey their message.
- A Tech Blog might look at pro-poor technologies and projects.
- A Political Blog might examine the relevant agendas of leading candidates.
- A Sports Blog might look at recent charity activities of a major sports franchise.

What Can One Person Do?
Poverty is not only a pressing issue, it is a complex one. It's easy to think that there isn’t much an individual can do. Fortunately this isn’t the case at all. With activities ranging from advocacy and professional contribution to charity and financing, there is in fact many ways that we can act.
You can find a range of resources about poverty, about what the average person can do as well as dozens of post suggestions and ideas in the Resources section of the Blog Action Day Website.

Today, we are 2,385 blogs participating.
Why don't you register yours?

Tuesday, August 19, 2008

Coz now I only see my dreams, in everything I touch

Como eu não sou o Evandro Mesquita, a minha vida nunca está a dois passos do paraíso.
E semana passada eu tive o que a maioria das pessoas chamam de "Inferno Astral".

Eu sempre soube que não seria fácil essa coisa de crescer, virar uma mulher madura e independente, e que o caminho seria difícil e as decisões que eu teria que tomar seriam piores ainda.
Pois bem, realmente a vida não é um doce de leite.

Depois de um ano, o povo do meu antigo trabalho resolve me ligar pra me chamar de volta.
E tipo... é no Senado Federal... ganhando o dobro do que eu ganho hoje... por tempo indeterminado... com férias e décimo terceiro e todos os direitos trabalhistas.... enfim, eu surtei.

Surtei porque por muito tempo eu pensei em como seria bom se eu um dia eu pudesse voltar a trabalhar lá.
Surtei por causa do salário. Surtei por causa de tudo.
Eu liguei pra Deus e o mundo, pra perguntar o que eu devia fazer, e acabava que era um conselho pior que o outro.
E eu percebí que não adianta perguntar pros outros o que eu devo decidir por mim mesma.
São as nossas escolhas que nos tornarão as pessoas que seremos no futuro.
São as nossas escolhas que fazem toda diferença.

Então eu parei, e ouvi meu coração.
E com muito sofrimento, eu decidi não ir.

Porque botando na balança tudo que eu já passei, tudo que eu já sofri, o tanto que eu já lutei pra chegar até aqui... eu NÃO posso mudar de rumo agora.
Eu não saí de casa com 17 anos pra fazer uma faculdade de design, pra no fim das contas virar funcionária pública.
Eu não posso jogar tudo pro alto por causa de estabilidade...
Porque parando pra pensar, quem é que precisa de estabilidade aos 20 anos?
E essa não será a última oportunidade da minha vida.

"Quero, um dia, dizer às pessoas que nada foi em vão...
Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades e às pessoas, que a vida é bela sim e que eu sempre dei o melhor de mim...
E que valeu a pena."

[Mario Quintana]

Thursday, August 14, 2008

Diálogos Relevantes

Essa é pros designers, ou pessoas com o mínimo conceito de qualidade de imagens.
(Erros de Português mantidos)

André Thiago diz:
Lu
joia?

- Luciana Lobato diz:
oi andre!
como ta?

André Thiago diz:
eu to bem e vc

- Luciana Lobato diz:
também, tudo tranquilo

André Thiago diz:
vc pode dar um retoque nessa imagem para min?

- Luciana Lobato diz:
posso, claro.
manda ai

André Thiago diz:
e queria que mudasse o ano tbm
ta 2007 e queria 2008
heheheh

- Luciana Lobato diz:
ah, blz.

André Thiago diz:
valeus

- Luciana Lobato diz:
caracas, que coisa suja huahaua

André Thiago diz:
kkkkkkkkkk
carteira de estudante

- Luciana Lobato diz:
tu vai imprimir de novo e colar por cima?

André Thiago diz:
isso
kkkkkkkkkkkk
cara dura de mais

- Luciana Lobato diz:
ah, mas nao tem como vc scanniar em melhor qualidade, nao?
ta muito baixa, essa.

André Thiago diz:
o escanner aki
ja manda para pdf
dai eu peguei colei no paint
e salvei em jpeg
hehehe
será que foi isso?

- Luciana Lobato diz:
¬¬
claro que foi, ne?

André Thiago diz:
vou te mandar o original em pdf heheh

Luciana Lobato diz:
por favor!

Diálogos Relevantes

Resolvi escrever uma mini coluna nesse blog.
Relembrando ou colando conversas que tive.
Coisas que acho muito boas e que precisam ser compartilhadas.
Cuidado, você pode acabar aparecendo por aqui!

Dia desses quando minha mãe ainda estava por aqui, ela pergunta:

- Você não gosta de usar Bombril?
- Ué, mãe. Eu gosto.
- Então por que não usa? Essas tuas panelas tão muito encardidas.
- É que acabou, e eu nunca mais lembrei de comprar.
- Quando foi a última vez que você foi no supermercado?
- Ah, sei lá. Tem uns dois meses eu acho.
- VOCÊ TÁ HÁ DOIS MESES SEM BOMBRIL?
- Eu acho que mais. Acho que o que acabou foi aquele que a Senhora comprou da última vez que veio aqui.
- Não acredito. ¬¬
- Ah, mãe... relaxa... Bombril não é uma coisa assim indispensável... tipo um papel higiênico ou desodorante... entende?
- ...


Um dia eu juro que eu aprendo todas essas coisas do lar!
Um dia!

Sunday, August 10, 2008

Relief

Das conversas relevantes que eu gosto de lembrar, eu vou guardar essa.
Pra te servir como promessa, como fita vermelha no dedo mindinho.
Pra te cobrar, pra você não me abandonar.
Porque eu te amo.

jotape diz:
é, lu.
somos eu e tu.

- Luciana Lobato diz:
desconfio que sempre foi eu e vc.
o resto foi só passageiro.

jotape diz:
no final das contas, é mesmo.

- Luciana Lobato diz:
promete pra mim que não vai me abandonar?
que não vai deixar passar isso tudo que a gente sente um pelo outro?
que a gente sempre vai ser amigos, independente de tudo?
mesmo se ficarmos sem se falar durante muito tempo?

jotape diz:
eu juro com sangue e cuspe.
juro.
não te troco MESMO.

- Luciana Lobato diz:
eu não te troco, nunca.
eu não aguentaria ficar sem vc.
vc ainda é o meu conforto.
de pensar que nunca estou só, que eu ainda tenho vc!

jotape diz:
my relief.

Thursday, August 07, 2008

Blasfêmia Coerente

Eu tenho um grupo de amigos da faculdade bem seleto.
Além de fazermos quase todos os trabalhos juntos, e bebermos juntos, a gente ainda passa o dia trocando emails. E quando alguém recebe algo engraçado, encaminha pra todos na hora.
Então hoje, eis que eu recebo isso:

Qtas pessoas são necessárias para trocar uma
lâmpada?


Depende...

Gays?
Seis: um para trocar e cinco para ficar gritando: Linda! Poderosa! Maravilhosa! Divina! Tuuudoo!

Peruas?
Duas: uma chama o eletricista e a outra prepara os drinques.

Psicólogos?
Apenas um, mas a lâmpada PRECISA QUERER ser trocada.

Loiras?
Cinco: uma para segurar a lâmpada e outras quatro para girarem a cadeira.

Consultores?
Dois... Um sempre abandona o trabalho no meio do projeto.

Bêbados?
Um, só pra segurar a lâmpada, enquanto o teto vai rodando.

Analistas de sistemas?
Trocar pra quê! Não tem problema algum com a lâmpada velha, porque nos testes aqui no escritório ela funcionava bem..

Ativistas Gays?
Nenhum. A lâmpada não precisa mudar para ser aceita pela sociedade.

Cantores sertanejos?
Dois: um troca a lâmpada e o outro escreve uma canção sobre os bons tempos da lâmpada antiga...

Machões?
Nenhum: macho não tem medo de escuro.

Patricinhas?
Duas: uma pra segurar a Coca Light e outra pra chamar o papai.

Argentinos?
Um só: ele segura a lâmpada e o mundo gira ao seu redor.

Mulher com TPM?
Só ela! Sozinha!! Porque ninguém, dentro desta casa sabe como trocar uma PORRA de uma lâmpada! São um bando de IMPRESTÁVEIS!!! Eles nem percebem que a lâmpada queimou! Eles podem ficar em casa no escuro por três dias antes de notar que a BOSTA da lâmpada queimou! E quando eles notarem, vão passar mais cinco dias NO ESCURO esperando que EU troque a lâmpada, porque eles acham que eu sou a ESCRAVA deles!!! E quando eles se derem conta de que eu não vou trocar a lâmpada, eles ainda vão ficar mais dois dias no escuro porque não sabem que as lâmpadas novas ficam dentro da DROGA da despensa! E se, por algum milagre, eles encontrarem as lâmpadas novas, vão arrastar a MERDA da poltrona da sala até o lugar onde está a lâmpada queimada e vão arranhar o piso todo, porque são INCAPAZES de saber onde a PUTA da escada fica guardada! É inútil esperar que eles troquem a lâmpada, então sou eu mesmo quem vai trocá-la! E como eu sou uma mulher independente, vou lá e troco!

E SOME DA MINHA FRENTE!!!

Não muito tempo depois vem um mané e responde:
"a Lu com TPM é igual à descrição."

E sabe o que é pior do quer ultrajada assim publicamente?
É admitir que é uma blasfêmia coerente.

Merda, eu sou assim mesmo.
Mas fodam-se, quero que vá todo mundo pra puta que pariu.

Tuesday, August 05, 2008

Fazendo exposição da figura

E o novo layout é assim, fazendo a exposição da figura.
Talvez porque hoje mais do que nunca eu esteja com tanta vontade de me mostrar, porque a vontade de viver hoje é imensa...
Acho que estou voltando aos velhos e bons tempos, ou indo para novos e melhores.

A aparência não é muito boa, depois de passar a madrugada em claro trabalhando.
Mas o sentimento de utilidade é tanto, a satisfação de fazer o que eu gosto é tanta, que mesmo tendo dormido 3 horas essa noite, eu fui trabalhar cantando, de bom humor.
Um bom humor matinal que não é normal nem quando está tudo lindo na minha vida. Eu simplesmente não acordo feliz. Mas hoje foi assim.

Eu voltei a dedicar tempo pra mim, pra atualizar minhas leituras, pra ver os meus filmes, pra aprender mais técnicas da minha profissão, voltei a desenhar... sim eu voltei a desenhar. Eu nem sabia que ainda conseguia.

E de repente o peso da palavra medíocre se foi, junto com o medo dela virar realidade.
Agora a frase da moda é "orgulho da superação".

E que continue assim, porque chega de lamentações!
Como diz a minha tão citada mãe:
É PRA FRENTE QUE SE ANDA.

Together we're invincible

Depois de passar o dia inteiro pensando no que dizer, eu ainda não sei muito bem como me expressar sobre como foi o show do MUSE, no encerramento do festival Porão do Rock.
Sinceramente, eu nunca pensei em ir num show deles. Se eles não viessem até Brasília, eu nunca iria pra São Paulo só para vê-los, como já fiz com outras bandas. Mas já que tocaram na porta de casa, eu não poderia deixar de prestigiar.
O festival foi muito bem organizado, e com o ingresso muito barato pra ter uma atração desse nível, mas quem é de Brasília sabe que o que já foi de graça, não pode se dar ao luxo de cobrar caro... E foram os 10 reais mais bem gastos da minha vida.
Encostada na grade, eu fui presenteada com um dos melhores shows da minha vida. O Tony viu os caras em Sampa, e disse que nunca tinha visto uma banda tocar com tanto TESÃO do que o Muse. E assim foi em Brasília, em um show de uma hora e vinte minutos.
Acho que não só eu, mas todos se surpreenderam com tamanha infra-estrutura, muito parecida com a do dvd lançado esse ano, mas lógico que menor, proporcional ao tamanho do palco.

E o show começou, a tela ao fundo acompanhou, e eu de boca aberta não conseguia nem cantar, nem acreditar... era bom demais pra ser verdade. Meu amigo várias vezes me batia e falava "filma isso!", mas eu não conseguia, eu não queria, eu queria gravar com os meus olhos, eu não queria perder tempo com câmera, eu queria deixar na mente, cada imagem que eu via, cada música que tocava, cada pedacinho de papel que voava...
E de repente eu entendi porque o Muse é o que é hoje. Entendi porque atualmente eles influenciam bandas que um dia já me influenciaram tanto, o Dream Theater como maior exemplo.

Terminei o show toda arrepiada, com lágrima nos olhos.
Escrevi tanto, mas ainda me faltam muitas palavras...

Foi um show pros ouvidos.
Foi um show pros olhos.
Foi um show pra alma.



Together we're invincible.

Wednesday, July 30, 2008

Quanto ao layout...

... eu voltei ao antigo e simples do blogger mesmo.

Porque o layout que eu tava usando podia ser puro loosho, majia, glamu e ceduçãum, mas quando eu usava o mais simples eu era mais feliz.

Então, seguindo o ditado que diz que em time que tá ganhando não se mexe, apesar de não ser supersticiosa, volta o layout, pra ver ser com ele a inspiração também volta.


[depois eu ajeito os detalhes]

A volta do Malandro

Eu quero voltar a escrever.
Eu quero voltar a criar.

Hoje eu quero tanta coisa. Eu quero inspiração, eu quero novidade, eu quero dinheiro, muito dinheiro.
Eu queria saber porque de repente a fonte secou, as ideias se foram, e nem o idiota que eu amo, que antes me fazia escrever coisas tocantes, agora ele não me serve de inspiração, não me serve de exemplo, não me serve como ser humano.
A procura continua, mesmo que eu não ande com uma camiseta dizendo que estou no time das garotas que precisam de namorado, mas volta e meia eu ainda reparo nas novas caras que surgem perto de mim.
Mas como é que a pessoa escreve se ela não lê?
Eu não leio, mas que merda, isso me irrita, eu quero ler, coisa de gente grande, aquelas coisas que me fazem escrever outras coisas, tudo muito interessante, como eu julgo ser.
Se eu não trabalho a porra do intelecto, não sai caralho nenhum, né?
Olha, não liga não, hoje eu tô super boca suja.
Hoje, e tem uns tempos...
Eu acho que de tanto reclamar da vida, xingar tudo e a todos se torna tão comum.
Mas como diz minha mãe, não existe razão em reclamar porque quer algo diferente, se você continua fazendo tudo igual.
Novas atitudes geram novos resultados.
Mas que praga, minha mãe sempre acerta.
Ela tava aqui esses dias, veio passar férias comigo, e como era de se esperar, toda vez que um parente vai pra minha casa, na primeira semana é tudo lindo, depois disso eu quero que vá embora, porque eu não aguento mais a invasão, as criticas, a divisão de tudo, principalmente de espaço.
O que me faz ter certeza que eu mereço a solidão como a solidão me merece, lembrando sempre que isso não é uma coisa ruim, eu não sofro por isso, e eu amo morar sozinha.


Eu to aqui porque eu amo caralho do povo que lê essa porra, e se importa comigo e gosta do que eu digo.
ó só, prometo que voltei.
Nem que seja pra falar merda, e pra ninguém ler essa porcaria, mas eu tô por aqui.
Se precisar, é só chamar.

E pra terminar, uma conversa relevante:

jotapê ): diz:
procura uma câmera chamada HOLGA.
vê o que ela faz.


- Luciana Lobato diz:
a holga fica gravida de luis carlos prestes e quer ter o seu filho no brasil?

jotapê ): diz:
na verdade, ESSA holga MORRE na câmara.
(emoticon de movimento da mão que simboliza o trocadilho)



Só porque apesar de tudo, eu ainda sou engraçadinha.

Friday, June 20, 2008

Pela banalização da vida.

Eu gosto de texturas. Eu gosto de xadrez, de listras, de flores, de ONCINHA, e eu gosto de usar todas de uma vez. Uma breguisse que só vendo. Mas eu gosto. Eu gosto de tênis branco, eu só não gosto é de limpar. Eu gosto de discutir, de expor minha opinião, de me sentir inteligente. Eu gosto de todas as modinhas virtuais que surgem. Eu gosto de bolo comum esfarelado dentro do pote de iogurte, mas eu nunca experimentei feijoada com requeijão. Eu gosto da palavra PEDANTE, eu gosto de chamar as pessoas de pedante, mas se me chamarem de pedante eu provavelmente vou querer sair na porrada. Porque eu ficaria ofendida. Porque eu não sou pedante. Eu gosto do filme O Amor Não Tira Férias, porque o meu projeto de vida é encontrar com o Jude Law na rua e falar: E ai, vamo transar? Mas é porque o filme é bom também. A trilha sonora é tão boa! To tentando baixar ela mas não acho em lugar nenhum. Eu já falei que eu gosto de alho? Que comida pra mim tem que ter doses cavalares de alho, porque alho é muito bom, e eu amo alho. Eu gosto de poesia, mas só as do Leminski, porque as poesias do Leminski falam muito com pouco, e eu adoro um minimalismo. Não sou como o poeta engenheiro que eu topei no meio da rua, mas gostaria de ser. Perguntei pra ele se ele consegue viver de poesia ele me respondeu "A poesia é o que faz meu coração bater, então eu posso dizer que sim, que vivo de poesia." Me humilhou, diz aí. Depois dessa eu to procurando o que faz meu coração bater. E to quase desistindo. A gente precisa mesmo viver pra alguma coisa? Ter um propósito? Vai saber. De música eu gosto de tudo e de quase nada. Eu gosto do que é bom, mas o meu conceito de bom você provavelmente não concordaria, mas gosto é que nem braço, tem gente que simplesmente não tem, ? Eu gosto de design. Mas eu não faço a mínima idéia de como fui estuda-lo. Até pouco tempo atrás eu queria ser arquiteta, mas eu durmi na prova da UnB. Literalmente. Acredite se quiser. A Cora dormiu no show do Zeca Baleiro, eu durmi na prova da UnB. Linda e loira. O meu projeto de vida agora é ficar rica e fazer que nem a Paris Hilton. Porque comemorar aniversário com bolo e guaraná é pros fracos, eu quero é dançar dentro de uma taça gigante de champanhe, vestida de ouro dos pés a cabeça, com a nata da sociedade americana olhando pra mim. Isso que é glamour. Tudo bem que eu preciso perder uns 20 quilos pra fazer isso, mas se eu ficasse rica, AH SE EU FICASSE RICA!
Eu ia ficar podre de blasé e provavelmente de pedante também.
Mas daí meu bem, ser pedante rica é bem melhor, ?
Fica a dica.

Sunday, June 15, 2008

WTF

Sem muito saco pro blog.
Aliás, a inspiração acabou tem muito tempo.
Retorno com a programação normal quando me sentir normal.
Em Manaus foi tudo lindo, me apaixonei várias vezes. Mas já passou.
E o novo layout do blog tá suuuper bandeira gay, mas foda-se.
E foi o meu querido Reinolds que me ajudou na parte chata que eu não entendo.
O blog super chic dele é: http://reinaldodimon.com/blog/


Pronto, postei.

Monday, May 19, 2008

I love my brain - you're all I need.

Tears you see on my face, you do have something to do with. You are the only person who's completely certain there's nothing here to be into...That is all that you can do. I'm the next act waiting in the wings. I'm an animal trapped in your hot car. I am all the days that you choose to ignore.
You're all I need.
Could we stay right here until the end of time, until the earth stops turning?

I'm just an insect trying to get out of the night. I only stick with you because there are no others. You're so cute when you're sedated, dear.
You are all I need. I'm in the middle of your picture, lying in the reeds.
Lay your head where my heart used to be... Hold the earth above me... Until it stops turning... Wanna love you until the seas run dry... I've found the one... I've waited for...
Fear starts creeping up, when you have so much to lose. Your love waits you while you're cheating. Lightning strikes you when you're moving.
You're all I need.
I love you less now that I know you.
It's all wrong.

It's all right.
It's all wrong.
You're all I need.
The light you see in my eyes, you do have something to do with.

Play the game namely love, play it like you have nothing to lose.
Sleep tight, grim rite, we have two hundred couches where you can sleep tonight.
You're all I need.
I love you less now that I know you.
It's all wrong.

It's all right.
It's all wrong.

You're all I need.
You're all I need.
You're all I need.

Sunday, May 18, 2008

Motivos e motivações

Me faltam novos motivos.
Novas inspirações, novos amores, novas alegrias, novas novidades, novas mentiras, novas piadas...
Porque os assuntos de sempre já não me inspiram mais, já não estimulam, já não fazem muita parte do sou.
Quando tudo volta a mesma porcaria que era antes, quando brigar nem adianta mais, quando se empolgar nem vale mais a pena, tende-se ao comodismo. Alguma coisa explica a falta de iniciativa mesmo nas situações onde se sabe todas as soluções?
Preguiça, talvez. E claro, mediocridade.

E eu não quero ser medíocre. Eu não quero.
Eu não quero fazer as coisas pelos outros, eu não quero aprender pra impressionar os outros, eu não quero viver minha vida pelos outros, eu não quero seguir os conselhos dos outros. Eu não quero ser os outros.
O caminho das pedras eu sei. Eu só não sei o que falta pra me fazer começar.
Talvez eu não tenha apanhado o suficiente pra aprender, talvez falte mais sofrimento.
Talvez eu tenha que mudar de cidade.
Talvez... que palavra insuportável.

Talvez seja hora de morrer, e nascer de novo.

Sunday, May 04, 2008

Teoria das Laranjas

Obrigada ao meus amigos que fazem parte de minha reles existência.
Obrigada por serem presentes, por discordarem, por me acordarem e me deixarem dormir sempre um pouco mais, e por me alimentarem nos domingos solitários.
Obrigada por escutarem minhas reclamações, por rirem das minhas piadas sem graça, aguentarem bebedeiras, aguentarem TPM's, aguentarem eu, ridícula.
Obrigada aos poucos e bons amigos brasilienses.
Obrigada aos poucos e bons amigos distantes.
E principalmente, obrigada por não serem indiferentes.
Eu agradeço e externo esse sentimento, porque faço questão de que as pessoas que me cercam saibam que são amadas, são queridas e lembradas. Porque eu simplesmente não consigo conviver diariamente com uma pessoa, e ser indiferente. Pode ser carência, pedantismo, tanto faz, mas eu não consigo. Infelizmente, desenvolve-se afeto, daqueles que te fazem pensar em voltar pra dentro do fogo no caso de um incêndio.
E por mais que a gente ache as datas especiais desprezíveis, não existe um ser humano nesse mundo que não goste de ser lembrado, se sentir querido. Mas infelizmente não é todo mundo que sabe dar e receber.
Porque não se chega numa papelaria e pede-se meia dúzia de laranjas.
Simplesmente não se exige de uma pessoa ou situação o que ela não pode te dá.
E é por isso que eu agradeço aos meus poucos e bons amigos.
Porque eu sei que deles eu posso pedir laranjas.

Friday, April 25, 2008

Velhice.

Você percebe que tá ficando velho quando pensa em uma coisa importante, e meia hora depois não consegue lembrar dela, nem por um segundo, nem por nunca mais.
Você percebe que tá ficando velho quando precisa de um cantor ridículo, mas que descreve a tua alma, pra te fazer inspirar, pra te fazer escrever, externar e procrastinar.
Aliás, você percebe que tá ficando velho mesmo quando nem procrastinar você consegue, porque o tempo não te permite, porque a tua vida tá corrida demais pra fazer qualquer coisa miúda que seja.
Você percebe que tá ficando velho quando trabalha mais do que estuda.
Você percebe que tá ficando velho quando trabalha mais do que dorme.
E principalmente, você percebe que tá ficando velho quando tem tempo pra dormir, mas não consegue. A insônia é o principal sintoma da velhice.
Você percebe que tá ficando velho quando as músicas antigas te remetem momentos únicos que nunca voltarão, e quando você acha que todas as bandas novas que surgem todos os dias não se comparam nem um pouco com o que é música de verdade. Aliás, o conceito de "correto" e de "verdade" é algo que só a velhice te dá. E muitas vezes errado.
Você percebe que tá ficando velho quando acorda agitado, resolve mil coisas num só dia, e não para nem no momento de descanso. E você percebe de uma maneira desesperadora que tá ficando parecido com a sua mãe, com aquela inquietação irritante, que você se prometeu que nunca teria. Pior ainda, você realmente já está velho quando se dá conta de que parece mais com os seus pais do que gostaria. O que é mais desesperador, irritante e perturbador do que tudo que já foi citado acima.
Você percebe que tá ficando velho quando faz coisas boas, e não espera nada em troca.
Você percebe que tá ficando velho quando as coisas não te abalam mais, e que você alcançou a tão esperada maturidade.
Você percebe que tá ficando velho quando você deseja a felicidade de quem você ama, mesmo que não seja correspondido.
Você percebe que tá ficando velho quando se olha no espelho pela manhã, e vê que tem uma ruguinha em baixo do seu olho, que até pouco tempo atrás não residia ali.
Porque você só percebe que ta ficando velho assim, de um dia pro outro, sem tempo de tomar fôlego antes.

Tuesday, April 22, 2008

Vai.

Morra.
Tenha um acidente de carro, pule da ponte, seja atingido por uma bala perdida.
Vai embora.
Mude de bairro, de estado, de continente, de galáxia.
Me deixa.
Me deixa pelo menos um dia sem ser tomada pela tua presença, que me faz sentir tão pequena.
Troque de roupa, mude de estilo, afogue os detalhes que me fazem entrar em desespero.
Remova as tatuagens, raspe a barba e o cabelo, desapareça.
Não ria das minhas piadas, não me dê atenção, não fale comigo.
Me ignore, me deixe.
Morra.

Antes não esqueça de devolver a minha vergonha na cara e meu amor próprio.
Meu sono e minha identidade musical e alcoólica também.
Não esqueça de me deixar ser aquela que eu era antes de você.
Mas por favor, não esqueça de morrer.

Por favor.

Wednesday, April 16, 2008

I love my brain.

I don't want to be buried in a Pet Semetary, I don't want to live my life again. Caralho, to parecendo um panda de tanta olheira. Eu não aguento mais essa rotina, tô parecendo um Zumbi, um robô. Que preguiça, de viver. Meu corpo tá fraco, acho que é por causa da má-alimentação, eu preciso comer direito. TO MORRENDO! Foda-se. Ai credo, que pessoa PEDANTE. Adoro essa palavra. Pedante. Pedante. Pedante. Ela veio me falar que Coca Cola faz mal, e perguntou se eu já botei um ossinho de frango em um copo de Coca, pra vê-lo corroer. E desperdiçar um pedaço de frango e um copo de Coca? Eu não. Só falta ela vir me falar agora que o hambúrguer do McDonalds é feito de minhoca, e que a boneca gigante da Xuxa que ela tinha quando era pequena encarnou algum EXU e tentou estrangular a família dela, enquanto ela dormia. Lendas Urbanas. Uma mais rídicula do que a outra. E se os meu problemas não fossem suficientes, eu ainda tenho que aguentar o pedantismo e as crenças primitivas dos outros. Deus, como eu amo essa palavra, PEDANTE. Tem uma fonética boa, eu poderia passar horas falando essa palavra. Pedante, Suvaco, Manolo. Lindas palavras. Babaca. Como tem gente babaca nesse mundo. Eu queria ser o Ciclope, e matar as pessoas com o olhar. Aliás, matar nunca foi tão preciso. Gente babaca tinha que morrer. Se mata, guria. Vai cuidar da tua vida. William, William was really nothing. The Smiths. Banda boa da porra. Pelo menos na lista de privações a música não entra. E que privações? Eu nunca me privei de porra nenhuma. Nem de Coca, nem de frango, nem de cerveja, nem de cigarro. Live fast, die young. Eu morro um pouco a cada dia mesmo, não importa como, tanto faz. E agora lá vem ela de novo. Tá falando que jogaram quebrante nela quando era pequena. DEUS, EU TENHO MESMO QUE AGUENTAR ISSO? Quebrante de cu é rola, que coisa primitiva. Agora ela vai me mandar um email de corrente dos 29 anjos que realizam um milagre em 15 minutos, aposto. Eu preciso dormir, que cansaço. E aquele bando de desgraçados não vão responder meu email, não? Malditos. Percam os dedões e as cordas vocais. Eu não vou fazer esse trabalho sozinha. Puta que pariu! Como assim eu tenho que providenciar zilhões de documentos pra amanhã? Merda de Finatec. Merda de Unb. Toda semana é essa putaria. Tomara que o Reitor morra também. Quero que vá todo mundo pra puta que pariu. Não me toca. Nossa, que horror. Que tpm. Quantos pensamentos maldosos. Ainda bem que me resta privacidade dentro da cabeça.. Já pensou se todos pudessem ler o que eu penso? Não gosto nem de pensar nisso.

Thursday, April 10, 2008

Recaída e Evolução - Parte 2

Ela já deu o primeiro passo.
Já desmistificou sua imagem santa, já reconheceu os defeitos e já deixou de se importar pelo menos um pouco.
Já não sonha mais, não imagina, não questiona, não comenta. Apenas deixa ser.

A não ser, claro, nas recaídas.
Nos pequenos momentos que se permite pensar no que poderia ser, na chance que talvez pudesse ganhar...
Mas é o talvez que a atormenta, é por causa dessa palavra que ela desistiu, e também por causa do nunca que vem logo depois.

Se ao menos os detalhes preferidos não fossem tão gritantes, se ao menos ele não criasse mais detalhes, se ao menos ela não se importasse tanto com eles, se ao menos os detalhes não fizessem a diferença...

O próximo passo é abandonar a incerteza, e recuperar a segurança, pra poder alcançar a indiferença.
Pra poder deixar de ter recaídas a cada sinal carinhoso.
Pra poder deixar de ter recaídas a cada sinal misterioso.
Pra poder deixar de ter recaídas e voltar a escrever sobre o mesmo assunto de sempre.

Mas pelo menos houve evolução.

Recaída e Evolução - Parte 1

"Com a mesma falta de vergonha na cara eu procurava alento no
Seu último vestígio, no território, da sua presença

Impregnando tudo tudo que
Eu não posso, nem quero, deixar que me abandone

São novamente quatro horas, eu ouço lixo no futuro
No presente que tritura, as sirenes que se atrasam
Pra salvar atropelados que morreram, que fugiam
Que nasciam, que perderam, que viveram depressa, depressa demais

A vida é doce, depressa demais.

E de repente o telefone toca e é você
Do outro lado me ligando, devolvendo minha insônia
Minhas bobagens, pra me lembrar que eu fui a coisa mais brega
Que pousou na tua sopa. Me perdoa daquela expressão pré-fabricada
De tédio, tão canastrona que nunca funcionou nem funciona... "


Lobão - A Vida é Doce

Sunday, April 06, 2008

bênção.

Ela para e pensa.
Não necessariamente nessa mesma ordem.
Mas as vezes deseja não pensar.
E por que não?
Essa pratica atual (entende-se que pensar nunca fora um de seus hábitos), tem lhe privado do que antes achava normal. Pura questão de valores reavaliados.
É difícil descobrir e aceitar que não pode fazer mais coisas que fazia no passado. E pensar se torna um peso, porque quanto mais ela pensa, mais deseja não pensar.
Ela olha e não entende.
Presente ali apenas o seu corpo, porque a mente.... na lua.
O professor fala, mas ela só escuta a voz da sua cabeça, que diz: "Ser racional não é legal", numa rima infantil.
De tanto pensar ela baixa a cabeça e dorme.
E quando acorda com um grito do professor ela conclui:
A ignorância é uma bênção.



escrito em 11 de novembro de 2005.

Friday, April 04, 2008

Muito de mim, no pouco que sou.

Muita coisa pra pensar, pouca vontade de externar.
Muita coisa pra escrever, pouco sentido pra fazer.
Muita coisa pra limpar, preguiça em dobro de viver.

Muita coisa pra fazer, pouco tempo de executar.
Muitas vontades pra realizar, poucos meios de ver.
Muitas sonhos pra afundar, pouca vontade de permanecer.

Muita fé pra exercitar, pouca paciência pra esperar.
Muita gente pra esquecer, poucas coisas pra ajudar.
Muito amor pra dar, pouca reciprocidade pra ocorrer.

Muita coisa pra aprender, pouca memória pra guardar.
Muito pra estudar, pouca coragem pra começar.
Muito pra se enxergar, poucos olhos pra crer.

Muitas derrotas pra acontecer, poucas vitórias pra incentivar.
Muita coisa pra concretizar, pouco dinheiro pra viver.
Muitas barreiras pra ultrapassar, pouca força pra vencer.

Muita vontade de desistir, pouca coragem pra tentar.
Muitos porres pra tomar, pouco estômago pra aguentar.
Muita coisa pra viver, pouco de mim pra esperar.

Monday, March 31, 2008

Brasília não se importa - Parte 2.

Essa cidade... não é mais a mesma.
As vezes eu me pergunto se ela ainda é minha.
Sim, Brasília é minha.
Eu já cantei alguma vez pra você "Nós temos uma cidade para amar"?
Não? Poxa, que pena. É porque você não é digno de Brasília.
E nem da minha cantoria.

Nova Iorque pode ser tema de canção, pode ser contraste, pode ser fusão, mas uma coisa ela não tem: O avião.
É que Brasília me faz criar rimas medíocres.

Quinze anos atrás, quando eu cheguei, não podia nem imaginar que seria doutrinada e discipulada à solidão local, e que aprenderia amar a seca que faz o meu nariz sangrar, mas que deixa meu cabelo lindo... Brasília me agrada principalmente na seca.
A infância foi brincando no Parque da cidade, circulando de patins nas entre-quadras, e andando de bicicleta debaixo da passarela do Eixão.
Foram as pernas roxas que me fizeram morrer de amores por Brasília, e não as músicas do Legião.
Aliás, artista nenhum fez a minha cabeça... Porque a Capital deixou de ser a Cidade do Roque tem muito tempo...

O metrô também é uma pornografia, mas as calçadas são impecáveis.
Aqui nada depende de mim, muito menos as luzes.
Nova Iorque pode até se importar com você, mas uma coisa é certa:
Brasília não te dá a mínima.

Brasília não se importa - Parte 1.

"I had seven faces
Thought I knew which one to wear
But I'm sick of spending these lonely nights
Training myself not to care
The subway is a porno
The pavements, they are a mess
I know you've supported me for a long time
Somehow I'm not impressed

But New York cares..."

Interpol - NYC

Sunday, March 30, 2008

Última vez - parte 2.

Paradoxo.
Um oceano de sentimentos, de vivências, e situações, se resumem em apenas uma palavra. Paradoxo.
Que se você for parar pra pensar, não tem significado definido, não é nem lá, nem cá, é divergente, é discordante, é discrepante.
E que se EU for parar pra pensar, se resume em mim. Uma gama de palavras que no fim são a mesma coisa.

Parece o mais puro clichê da existência humana, alguém dizer que é o contraste em pessoa. Mas eu nunca pensei que pudesse ser essa antítese, esse devaneio. Eu nunca pensei que eu pudesse amar e odiar tanto alguém. Nunca.
Os anos vão passando, a situações vão se repetindo, e a trajetória de pseudo-paixões não-materializadas e sequer correspondidas tem sido massante. Pra mim já deu. Eu cansei.
Carregar isso nas costas já devia ter me feito ao menos aprender a lidar com essa situação que sempre se repete... Mas não, o alguém em questão é diferente de tudo que eu já me deparei. E o que dói mais não é nem a rejeição, é falta de consideração. É saber que ele pode ser a criatura mais dócil do mundo, mas que ele não me escolheu pra demonstrar os bons sentimentos. E aquelas músicas de perdedores não saem da minha cabeça, que vai de Lenine a Pearl Jam, numa mistura de "Por que não eu?" com "Por que você não pode ser a estrela do meu céu?", mas o Por Que sempre está presente...
Mas do que importa, se eu já desisti?
Hoje, eu jogo a toalha.
Hoje, ele já não faz parte dos meus sonhos e ilusões.
Hoje, eu vou apaga-lo.
E que comece então a fase de desamor.
Porque hoje, é a última vez que eu choro por ele.

Última vez - parte 1.

"Acendeu um cigarro para que o oxigênio lhe corresse mais limpo no sangue - a gente acredita nas mais loucas tolices para sustentar alguns vícios.

Como o vício de se entregar prontamente a cada nova relação sem pensar no que isso pode nos levar. Esperamos, claro, sempre o melhor. Aliás, não esperamos, temos certeza do melhor, porque a cegueira do amor não vê defeitos não é mesmo?? "Como que algo tão bom não irá durar??". Oras, porque as coisas nem sempre são assim... tão simples. Ou as vezes são e nossas depressões constantes com o término das coisas é que fazem com que elas pareçam tão complicadas.

Era óbvio que ele, mais uma vez não conseguiria passar por tudo aquilo com a clareza que se espera de alguém que faz do pensamento sua forma de viver. Mas, na verdade, clareza é algo que só existe para os ignorantes...

Nessas de se entregar prontamente a tudo com a intensidade de algo certo tem seus riscos. E alguém que corre riscos deve acostumar-se com eventuais derrotas - as vezes mais freqüentes do que eventuais.

Pensou... "Nessa idas e vindas... de se entregar e se perder no outro... a gente se mata um pouco a cada dia". Assim como um trago de cigarro lhe destrói, também o faz o amor a quem ama demais... Então.."porque me culpar?"... se de uma forma ou de outra vou morrer mesmo. Seja de uma forma ou de outra, com um trago ou um beijo, morro um pouco a cada dia.

Não se culpou mais com os maços de cigarro aos quais se entregava diariamente, deixou ser. Encerrou, sentado àquela mesa, mais um cigarro e mais uma derrota.

Dormiu bem..."

Texto: Bruno Guerra.

E hoje ele combina perfeitamente.

Tuesday, March 25, 2008

Minhoca Minha

Eles se conheceram numa quarta-feira.
E firmaram o palco que seria a testemunha e o estímulo das heresias, profecias, e divagações de uma próspera amizade: a mesa de bar.
Ela saiu de casa aquele dia pra tornar real o que já nem acreditava que pudesse existir, porque placa de Unaí se vê em Brasília mais que placa de retorno, mas daí encontrar um ser humano correto, educado e politizado só podia ser miragem de oásis no deserto de outubro do Distrito Federal.
Ele era curiosidade na cabeça dela. Mal sabia ele que a roraimense já tinha escutado parte de suas histórias vergonhosas, e que já tinha até se divertido à custa dele por causa disso. E ele nem era o objetivo da noite... Aliás, nem do dia. O feriado era pra ter sotaque carioca e nortista, e não das porteiras das terras de peão e rodeio.
Ela saiu de casa vestida pra batalha, mal sabia o que podia encontrar no percurso ou no destino, na dúvida, e na seca, nunca se arrisca. Deixa a alça do sutiã aparecer, que é máximo que ela sabe fazer pra provocar o sexo oposto. E vestida que nem piranha ela chega no bar, faz cara de paisagem, acha a mesa e senta. Pronto, hora do abate.
A mania de perseguição cognitiva nunca culminou daquele jeito. Por fora um sorriso e uma maquiagem impecável, mas a mão suava, e seu coração abraçara o pâncreas adoentado.
E ele veio de brinde.
Ele não, eles.
Porque tinha outro lá, uma das criaturas mais insanas, afetadas, e amorosas que ela teve o prazer de encontrar em sua sobrevivência.
Eles se olharam, e pronto. Não se sabe como foi pra ele, pra ela foi amor à primeira vista.
Eles se gostaram de graça, e olha que ela gostar de alguém assim, é quase como ganhar na loteria. E num pequeno gesto de cavalheirismo, que nem é comum pra ele, ela se encanta. Um simples copo de cerveja, ele deu o dele pra ela, e regou a rosa do Pequeno Príncipe.
Se conhecerem, se adoraram, embebedaram, e dançaram. Cansados sentaram no chão, e meia dúzia de palavras apenas foram ditas. Nada mais precisava ser comentado.
A noite acabou.
Ele ganhou diversão.
Ela alcançou objetivos, e resgatou sentimentos.
Ele ganhou uma amiga.
Ela ganhou mais anos de vida.



Pro Mauro. Tinhamo.

Monday, March 17, 2008

Falta de metodologia.

Eu, como designer, tenho meus métodos para conduzir meu raciocínio para resolver os problemas e desafios de design que tenho diariamente.
Acredito que os jornalistas, aqueles que eu suponho que vivam de escrever, devam ter a sua metodologia também. Isso, talvez fosse a única coisa que me atrairia caso eu fizesse tal curso. Como essa matéria deve ser nos primeiros semestres, depois de fazê-la eu largaria o jornalismo, antes que a crise-existêncial-jornalistica batesse à minha porta.
Tal metodologia me ajudaria muito, como hoje, que estou até inspirada pra escrever algo, mas não sei o que falar, nem como começar, fazendo cair por terra aquela imagem que as pessoas tem do designer, de ser uma pessoa "extremamente criativa".
Pensar tem sido difícil pra caramba.
Me passou pela cabeça como seria lindo se houvessem metodologias para tudo na vida, o passo-a-passo pros problemas financeiros, pros fracassos amorosos, para a boa convivência em sociedade. Já pensou? Ia ser tão prático, principalmente porque com o aumento da inclusão digital, e o fácil acesso à internet, existiriam tutoriais disponíveis pra download!
De repente, todos os nossos problemas acabariam, depois de uma procura no google! Isso que é um pensamento moderno, não é mesmo?
E como seria quando acabasse os assuntos? Quando tudo que eu penso e que me inspira é um ser humano que não dá a mínima pra mim, que me despreza e se preocupa comigo ao mesmo tempo, fazendo da minha vida um paradoxo estacionado em cima do muro?
Dizem que os amores complicados e impossíveis são os que valem mais a pena, e eu até concordaria se a balança não pesasse mais no lado do sofrimento, se não doesse toda vez que eu penso nisso, e se os pensamentos não ficassem tão sem nexo como esse texto, que começou falando de métodos, e agora fala de amor.
É, amor.
Se não for isso, é o que?
O que explica eu gostar até dos defeitos, das manias irritantes, das piadinhas sem graça e dos cortes de cabelo e barba, um mais feio que o outro? É amor, meus amigos.
Daqueles que se fossem correspondidos, seria tema de novela.
E se é amor, o sentimento de incompetência, de impotência, e de inexperiência são o quê?
Falta de metodologia.