Wednesday, December 05, 2007

batepapo.com.br

Haroldo diz:
Então tu nem vem, né?

- Luciana Lobato diz:
acho que não, parece que é isso que tu quer.
tu só fala nisso.

Haroldo diz:
sera?

seramesmo.com.br?

- Luciana Lobato diz:
achoquesim.com.br


Haroldo diz:
achoqueeuqueroquetuvenhasim.com.br

- Luciana Lobato diz:
ficofeliz.com.br

Haroldo diz:
tenhoquelavaralouça.com.br
bjo.com.br


- Luciana Lobato diz:
tchau.com.br
teamo.com.br


Haroldo diz:
(L).com.br



E não vejo a hora de chegar.

Tuesday, November 27, 2007

aqui.

E por aqui, é tanto sentimento, que falta inspiração.

Só me resta parafrasear os outros.
Só me resta.

instante de dois

Não quero que você me coma
Não quero que você me engula
Não quero que você me acorde
Não quero que você me durma
Não quero que você me assista
Não quero que você me assuma
Não quero que você me corte
Não quero que você me inclua

Eu só quero um segundo teu
E um segundo meu
Um instante de dois
Sem mais, nem pra depois eu te dizer
Que eu te amo não
Te amo demais para ser prisão
De dois
Amor

Monday, November 26, 2007

QUE FAÇA!

O pauloleminski

é um cachorro louco

que deve ser mortoa pau a pedra

a fogo a pique

senão é bem capaz

o filhodaputa

de fazer chover

em nosso piquenique

ENTÃO QUE FAÇA!

green grass

God took the stars and he tossed them
Can't tell the birds from the blossoms
You'll never be free of me
He'll make a tree from me

Don't say good bye to me
Describe the sky to me
And if the sky falls, mark my words
We'll catch mocking birds

Lay your head where my heart used to be
Hold the earth above me
Lay down in the green grass
And please, please, love me.

Sunday, November 25, 2007

Corrente.

Nálivia me "correntou".
Mas como o tédio de domingo é grande, eis que resolvo participar.

é assim:
você abre o dicionário, pega a primeira palavra que você olhar, escreva o significado, e depois pegue a primeira figurar que o google achar.

A minha foi:

COMPETENTE

do Lat. competente

adj. 2 gén.,
que tem competência ou jurisdição legal;
que tem habilidade, aptidão;
apto;
capaz;
que lhe pertence;
devido;
próprio;
adequado;
suficiente.

E a foto:

Bem, muito melhor que me deparar com a foto do próprio presidente, ?

Deus me poupou da ironia usual.

Só passo a corrente pra Bruna, a única blogueira que lê esse blog e que ainda não tinha sido "correntada".

Tuesday, November 20, 2007

Leminski-meu-de-cada-dia

a estrela cadente
me caiu ainda quente
na palma da mão

Wednesday, November 07, 2007

Transbordando.

Eu não aguento, eu não consigo. Já transborda, é muito.
Aqui, hoje e agora, eu boto pra fora.
Você não cabe mais dentro de mim.

Eu te odeio TANTO que só você não vê.
Não vê que eu te olho, que eu te sigo, que te gosto, que eu te respiro, e que a sua existência em mim é maior que eu, e que transborda.
E que eu tô cansada, de guardar você dentro de mim.
Porque... assim... você... não cabe.
Não cabe mais dentro de mim.

Então hoje eu te boto pra fora, de boto pra fora da boca, pra fora da cabeça, e pra fora do coração. Porque você é muito. Muito de você dentro de mim.
Te boto pra fora da boca, de boca pra fora.
E assim, te botando pra fora, eu acabo te botando de novo pra dentro de mim.

E por isso eu te odeio.
Você é muito no pouco que eu sou.

antunes.

Pode ser loucura, pode ser razão. Pode ser sim, pode ser não. Pode ser maria, pode ser joão. Pode ser carro, pode ser avião. Pode ser saúde, pode ser educação. Pode ser porta, pode ser portão. Pode ser amor, pode ser prisão. Pode ser drama, pode ser pastelão. Pode ser laranja, pode ser limão. Pode ser bíblia, pode ser alcorão. Pode ser inverno, pode ser verão. Pode ser pé, pode ser mão. Pode ser nevoeiro, pode ser poluição. Pode ser samba, pode ser baião. Pode ser são jorge, pode ser dragão. Pode ser circo, pode ser pão.

Pode ser guitarra, pode ser violão. Pode ser brocha, pode ser garanhão. Pode ser trepada, pode ser masturbação. Pode ser cama, pode ser chão. Pode ser visita, pode ser invasão. Pode ser regra, pode ser exceção. Pode ser tristeza, pode ser preocupação. Pode ser marte, pode ser plutão. Pode ser xadrez, pode ser gamão. Pode ser sério, pode ser gozação. Pode ser solteiro, pode ser sultão. Pode ser papo, pode ser discussão. Pode ser progresso, pode ser recessão. Pode ser bolsa, pode ser pregão. Pode ser favela, pode ser mansão. Pode ser fim, pode ser introdução.

Só não sei porque, eu e você, não pode não.

Tuesday, October 30, 2007

Mary Fest Folia 2007

Vem aí...


A melhor festa do feriado! Imperdível!

TPM do bem?

Estou NA tpm. Porque eu acho que se eu falar que estou DE tpm, as pessoas podem ver um mal-humor que esse mês não me visitou, uma mal-comidisse que dessa vez eu não senti.
Mas os outros sintomas da fase insuportável do mês eu sinto, um sentimentalismo que eu não tenho, uma carência excessiva, e uma vontade incontrolável de comer 50 quilos de brigadeiro.
Se aproveitando disso, as pessoas tendem a piorar a situação, cortando minhas pernas com textos açucarados, que me dão vontade de escrever o meu, se é que algum açúcar eu consigo jogar nesse blog. Daí eu penso na mulherzinha que no fundo profundo do meu ser habita em mim - sem nenhum exagero de expressão, na identificação brega que eu sinto sem querer, e no ser humano que eu sou sem saber.
Que merda, eu sou gente.
E como gente, eu não existo na maioria das situações.
Eu não existo quando sou tomada pela existência do idiota-amado, que é maior que a minha, que é melhor que eu, que é mais forte do que sou, e que é tão irritante quanto a pessoa em questão. O que de fato me faz querer não existir literalmente, as vezes.
Eu não existo quando eu visualizo que o sentimento não acabou, que a decepção que eu achava sentir era só um amadurecimento meu, e do sentimento, que eu odeio muito, mais do que tudo, mais do que o dono do sentimento, mais do que toda essa situação.
Eu não existo de preocupação, quando um amigo querido some, desaparece do mapa, e mesmo que não me dê um sinal de vida, mesmo que tenha me feito passar uma situação horrível, eu ainda sinto aquela dorzinha do amor que eu sinto por ele, e o ódio que eu senti por 25 minutos some, e eu só sinto aquela dor, dor de tanto amor, dor de aflição, de preocupação, de amor.

Não existir eu não existo, por vários motivos, todo dia, toda hora.
Não existo porque eu sou gente. Que merda, eu sou.

Sunday, October 21, 2007

Domingo parte 2

- Alô...
- Acorda, se arruma e vem pra cá!
- Tem almoço ai?
- Tem.
- Me deixa dormir mais um pouco?
- Ta bom, daqui meia hora eu te ligo.


Eu realmente precisava de Brexa na minha vida.

Domingo parte 1

acordei bemol
tudo estava sustenido
sol fazia
só não fazia sentido

Thursday, September 27, 2007

Procura-se

Procura-se minha vergonha na cara.
Semana passada a filha da puta tomou 5 garrafas de cervejas e sumiu.
Procura-se meu amor próprio.
Alguns anos atrás, no suvaco do mundo talvéz, ele se perdeu no meio da selva.
Procura-se minha coragem.
Essa aparece quase todo dia, mas só entre 4 da tarde, e 1 da manhã.
Procura-se minha leitura.
Essa eu acho que sei, deve ter ficado no antigo apartamento.
Procura-se meus estudos.
Uns três meses atrás, saiu de férias, e nunca mais voltou.
Procura-se minha organização.
Se é que essa de fato existiu...

Procura-se Luciana.
Tem visto ela nos últimos tempos?
Se por acaso achar ela por aí dando sopa, pega ela pelos cabelos e arrasta pra realidade, ok?

Friday, September 21, 2007

Ben Charles


Músico, compositor e produtor natural de Roraima, Ben Charles chega em Brasília para lançar o seu mais novo cd "O Mundo", o sexto de uma longa estrada independente de vinte e um anos. Letras abordando temas políticos/sociais e ambientais com pitadas de poesia, humor às vezesno-sense, outras veses ácido, e essencialmente humano. Com uma agradável mistura de rítmos brasileiros e latinos, Ben instiga o ouvinte a uma reflexão do mundo com muito entretenimento, " Papel fundamental da arte".
Ouça e baixe gratuitamente as músicas dos cds anteriores de Ben Charles na página da trama virtual - http://www.tramavirtual.com.br/artista.jsp?id=3667

Thursday, September 20, 2007

Parabéns.

Parabéns.
Feliz alguma coisa pra você, seja o que for que você tenha feito.
Parabéns pelo aniversário do ano passado, e pelo aniversário desse ano que talvez já tenha passado e eu sequer lembrei.
Na dúvida, parabéns por todos os aniversários de sua vida, antes que eu esqueça.
Parabéns pra mim, que sou o que sou, e me divirto.
Parabéns pela minha pessoa, pelos quilos a mais, juízo de menos, e experiências de vida.
Parabéns a mim mesma, a meu caráter, personalidade, e à tudo em mim que eu gosto e me orgulho.
Parabéns pra minha mãe, mulher guerreira, simples, dedicada, e terna.
Parabéns pro meu pai, pelo bom humor, pelo mau humor, e pelas coisas que me irritam.
Parabéns pros meus amigos, que me suportam, nos dias de cão, nos dias de tédio, nos dias de cantoria, e nos dias de fanfarrismo.
Parabéns a tudo e a todos.
Meus parabéns até para o Lobão, e seu excelente álbum acústico.

Agora, eu posso dizer que tirei um dia ou minuto que seja, parabenizando as pessoas e as coisas.
Já tive meus dias de reclamação, agradecimento, mas eu nunca tive meu dia de parabenizar.
Parabéns mais uma vez a mim então, pelo meu dia de parabenização. Mesmo sem saber se isso é bom ou não...

Sunday, September 16, 2007

Externando.

Eu preciso dizer, eu preciso botar isso pra fora, eu preciso vomitar.
Eu preciso declarar isso, externar, deixar bem claro para todos....


CANDOMBLÉ, CANDOMBÊ E QUIXABEIRA DE CU É ROLA!


Aaah...
Que alívio.

Agora devolvam meu domingo.

Sunday, September 02, 2007

Me deixa

Me deixa ser
Me deixa fazer
Me deixa falar
Me deixa voar
Me deixa morrer
Me deixa ser... eu.


Postal nº1 da série Me Deixa Ser e Fazer - Liberdade de Expressão, por Luciana Lobato.

Ui.

Thursday, August 02, 2007

Eu Sou...

Ontem, ao chegar atrasada na aula mais uma vez, eu descobri que tenho uma disciplina chamada Psicosociologia - mais uma daquelas matérias que a gente se pergunta pra que diabos serve, e no fim das contas descobre que até tem haver com o curso. Quem nunca xingou a Semiótica?
Daí a professora, que por sinal é formada em música, estava fazendo uma dinâmica do Eu Sou. Dinâmicas me lembram Pedagogia, e do jeito que ela falava forçado, eu acho que ela se formou no curso errado.
Enfim... A dinâmica do Eu Sou, consiste em você se definir em 10 palavras, escutar a opinião dos seus amigos sobre você, e então comparar as duas definições, e ver se em algum ponto coincide a sua opinião com a dos outros.
Eu lembro que desde os tempos da escola eu era: doida, rockeira, bêbada, legal, extrovertida, engraçada, e coisas parecidas. E a opinião que o povo da faculdade tem sobre mim não mudou muita coisa - ou nada.
Mas o que mudou é que se fosse pra eu me definir naquela época eu não saberia... Sairia no máximo umas 3 palavras. E ontem 10 palavras fluíram na minha cabeça tão fácil que eu nem acreditei.


Conclusão: Tô velha.
A cada post que passa, a cada palavra que eu digo, a cada dia, eu não chego a nenhuma outra conclusão a não ser a de que eu estou ficando velha. Acho que eu tô além de velha, complexada. Não porque eu não queira ficar velha, mas porque o tempo passa rápido demais. E as ideias que eu deveria ter aos 30 anos, eu estou tendo aos 19. Eu não sabia que era tão precoce.
Eu sei que o início do post não tem nada haver com o final, e que as minhas conclusões estão cada vez mais caóticas. Mas antes que eu me retire pra fazer um pouco de tricô e cuidar dos meus netos, eu não vou deixar ninguém morrer de curiosidade, as minhas 10 palavras do meu Eu Sou foram:
1 - Funcionária Pública
2 - Sedentária
3 - Curiosa
4 - Desorganizada
5 - Extrovertida
6 - Roraimense
7 - Photofóbica
8 - Preguiçosa
9 - Tranquila
10 - E crítica.


E pra você, 10 palavras são muitas ou poucas?

CUIDADO!

"Porco-Aranha, Porco-Aranha..."



"... Aí vem o Porco-Aranha."

Wednesday, August 01, 2007

Rest in piece

Sabe aquela história de quem ri por último, ri melhor?



"Isso tudo porque foi no Risca Faca que eu te conheci..."

Engov we trust

E com a palavra: eu mesma.

"Não tenho nada a declarar", eu disse.
Amém.


Nem tudo precisa fazer sentido. Ou precisa?

Tuesday, July 24, 2007

Depois e Depois

Depois de quase dois meses, depois do fim de mais um semestre, depois de uma visita de mãe, depois de passar uns dias em São Paulo, depois de voltar à rotina, eis me aqui.

Eu não sei o que tem de errado comigo, mas me falta uma certa perseverança para/com esse blog pobre-coitado. Nesse tempo, muita coisa aconteceu, ou não. O Ottomar não morreu, aliás, tá mais vivo do que eu, você, todas as pessoas que visitarem esse blog, e todos os irternautas do mundo inteiro. Haja saúde! E com o fim do semestre na faculdade, eu acabei que não fazendo um post descente de campanha pró-morte do Governador. Quem sabe se eu tivesse me dedicado, me engajado, tivesse procurado aliados, talvez eu tivesse sucesso nesse projeto.

Mas eu não seria eu se eu tivesse feito tudo isso. Sabe como é, né? Aquele lance de Procrastinação Crônica que eu sofro. Que Deus me cure um dia.

E no Senado, aquele cabaré de sempre. Renanzinho foi descoberto, investigado, pressionado, e ofendido. Aquele homem é uma rocha, eu diria. Dia desses eu levei Mainha pra dar uma volta na Casa, e estávamos de frente da porta do Plenário quando a Sessão Deliberativa terminou, e ELE apareceu. Ao vê-lo de perto minha mãe falou: "Ele não é de se jogar fora". Eu fiquei meia assustada com essa declaração, mas pelo menos ela me fez lembrar do que o meu queridíssimo Roberto Jefferson disse em seu blog: "Bobocas, cuidado com elas, nós somos 'gastosos' e não gostosos. Pelo menos, façam vasectomia. Eu já fiz." Aliás, um ótimo blog esse do Robertinho. Qualquer hora eu adiciono nos favoritos.

Mas uma coisa, escrevam o que eu vou dizer: Se o relátorio da Polícia Federal que sairá em Agosto não acusar nada, essa história vai durar até dia 20 de Dezembro (quando começa o recesso legislativo), e simplesmente será esquecido e arquivado. E o Hermanito Renan não sairá daquela Cadeira até o fim do mandato. Não é praga, não. É a mais pura realidade enxergada de quem está olhando a situação de ponto mais alto.

Pelo menos aquela confusão do Conselho de Ética me mata de rir. É preciso muito bom humor pra lidar com a Política Brasileira.
Se eu fosse uma pessoa mais influente (e menos preguiçosa), eu faria uma campanha pró-morte de cada parlamentar corrupto. Só que pra isso eu teria que largar a faculdade, o emprego, e recrutar mais de 3 mil publicitários e aliados.
Mas daí me passa na cabeça "se eles não tão nem aí pra gente, eu vou ligar pra eles?". Que morram de parada cardíaca então, que nem o Toinho Malvadeza ( vulgo Antônio Carlos Magalhães), torcida da minha parte com certeza não vai faltar. Seria tudo mais fácil se eu morasse no japão, mas eu não largo por nada o País do Alalaô.

É isso ai, ressuscitei blog. Com um post que pouquíssima gente vai entender, mas dane-se. Aos amigos e leitores, eu mando um efusivo abraço. E para as pessoas que não concordam com as minhas medidas políticas extremistas eu mando o meu mais sincero "vão tomar nos fundilhos."

- "Luciana, e do Roriz, você não vai falar?"

- Calma, o Roriz é assunto para zilhôes de outros posts.

Tuesday, June 05, 2007

Vaso ruim não quebra

E a torcida grita:



MORRE! MORRE! MORRE!



Não tá sabendo? Leia aqui.

Monday, May 28, 2007

Inspiração de Licença-Premium

Eu queria escrever um post bem bonito. Ou pelo menos, significante. Mas a minha cabeça não tem colaborado.
Esse lance de manter um blog é mais complexo do que eu imaginava. Escrever pra mim é que nem arrotar - não adianta forçar, tem que ser espontâneo. E eu sei que essa foi a pior comparação que eu já fiz na vida. Mas fazer o que? Quando minha inspiração resolve sumir, tira férias de 3 meses em Paris. (Já viram aquela comunidade "Só sofro em Paris"?)

Das observações habituais, também não tenho nada a declarar.
Quer dizer, fiz algumas reparações pessoais, mas eu juro que não convém falar aqui, principalmente depois da infame comparação da escrita com o arroto.
Até tentei escrever algo sobre a vinda do Papa, e o quanto ela NÃO representou pra mim, mas acabei deixando de lado. Vai fazer quase um mês que o Pontífice Romano foi embora, perdi o Time do post. E sabe como é, né? Time é tudo....

Então beleza, é isso aí, acabou o assunto por hoje.
E eu juro que um dia eu ainda posto no Jornalesmas, mas só quando a inspiração voltar da licença-premium.

Em tempo: o Nietzsche chorou que nem uma bixona. Do jeito que eu gosto.

Friday, May 11, 2007

"Load your guns before the night"

De madrugada, no auge da minha insônia, após uma leitura de 50 páginas de "Quando Nietzsche Chorou", descobri que tenho um preconceito incomum. Notei que desenvolvi um bloqueio em relação ao que eu considero "Clichês do Intelectualismo", após escrever o post de 23 de março, que se encontra neste blog.
Criei uma aversão a Chico Buarque, e Friedrich Nietzsche como tenho pelo Lula, Arruda, Pelé e os membros do RBD. Tudo bem, eu sei que os dois primeiros nem de longe se parecem com os outros citados, mas acredito que chegaram a um mesmo nível de banalização.
É fato que o ser humano tem uma necessidade grotesca de auto-afirmação, e que lidamos com uma competição de sabedoria todos os dias. Então, nada mais justo do que buscar alimento para a mente, e tornar a sobrevivência mais interessante.
Eu, humana, demasiada humana, (entenderam o trocadilho?) não estou fora das estatísticas. Cheguei a um certo ponto de minha vida, que por interesses pessoais, precisei me "intelectualizar". Motivos extremamente fúteis, não nego. Mas eu tinha que começar por algum ponto. E por que eu tenho que gostar do que "todo mundo" gosta? Pra chegar a outro nível, eu preciso iniciar pelo mesmo nível? Claro que não, o "outro nível" pode ser alcançado de outras maneiras.
Mas daí, eu tenho que voltar ao assunto do post: o preconceito.
Resumindo, eu quis dizer que não preciso gostar de Chico e Nietzsche, nem de cinema e café expresso, pra ter um diferencial.
Mas eu gosto.
Não dá pra negar a obra Nietzsche, nem a sua importância para a filosofia.
Não dá pra negar que cinema é a sétima arte, e que desperta sensações incríveis.
Não dá pra negar café é bão demais, e que melhora o meu humor.
E nem dá pra negar que o samba do Chico é ótimo.
É por isso que eu pergunto:

Alguém quer ir pro show do Chico comigo, no dia 15?

E viva a banalização.

Monday, May 07, 2007

Vivendo de Sono

Durmo, trabalho, durmo, estudo, e durmo.
Durmo, procastino, durmo, procastino, e durmo.
Durmo, cresco, durmo, aprendo, e durmo.
Durmo, ganho, durmo, ganho, e durmo.
Durmo, penso, durmo, amo, e durmo.
Durmo, socializo, durmo, sofro, e durmo.
Durmo, vivo, durmo, vivo e durmo.
Faço tudo, e durmo.
Mas queria só dormir, pra não ver o tempo passar.

Wednesday, May 02, 2007

Pós-Aniversário

Primeiro de maio acabou, e aqui estou eu.
Teria sido um dia comum, se não fosse o pior aniversário da minha vida.
Doeu, mas não tanto quanto eu pensava que ia doer.
Aniversários pra mim perderam o sentido desde que voltei pra Brasília, eu simplesmente acho que eu não tenho mais o que celebrar. Família e amigos longe demais pra isso.
Na verdade eu não estou aqui pra me lamentar, percebi que isso não me leva a lugar algum. Mas estou aqui pra analisar meu dia, e consequentemente minha vida.
Fiz 19 anos na madrugada de ontem, e posso dizer que os meus primeiros-de-maio já foram mais completos em muitos sentidos. Mas em nenhum outro aniversário eu tinha o auto-conhecimento que tenho hoje. Afinal de contas, é isso que a gente ganha com a idade, conhecimento e amadurecimento.
No último ano em que vivi minha vida deu um salto: entrei na faculdade, comecei a morar sozinha, e arranjei um emprego. Três coisas que eu não imaginava fazer aos 19 anos. Comparando com as ambições de antes, acho que eu cheguei bem mais longe do que esperava. Eu só não sabia que teria que pagar um preço muito alto por tudo isso.
No período em que eu morei em Boa Vista, eu não desejei outra coisa além de voltar pra Brasília. Sempre achei que aqui era o meu lugar. Mas o dia em que isso de fato aconteceu, meu coração se dividiu muito mais do que eu gostaria. Foi um sofrimento inexplicável. E desde o dia que cheguei, uma pergunta martela em minha cabeça: Será que eu estava certa? Será que tudo o que eu quis esse tempo todo não é o certo pra mim? Será que vale a pena ficar longe de quem se ama, mesmo que em busca de um sonho? Eis o drama de minha vida.
E as respostas, sabe Deus quando eu vou ter.
Analisando tudo, tenho total certeza de que toda essa experiência me faz crescer a cada dia, mas tenho que admitir uma coisa: a convivência comigo mesma não tem sido nada fácil. A gente sempre tem a ilusão de que morar sozinho é eliminar muitos, se não todos os problemas de relacionamento que temos com quem moramos, mas a parte de saber lidar com a solidão não é contada em nenhum livro, e nem falada por nossos pais no dia da despedida.
E eu só percebi que ainda tenho muito a crescer por causa da dor. Ela tem sido o meu "medidor de crescimento". No dia em que eu parar de sofrer, e sentir só saudade, vou ter atingido a tal da maturidade. Mas é como diz aquela música: "It´s a long way to the top, if you wanna rock n roll".
Pra terminar, vai um poema da escritora Martha Medeiros, sobre quando sua filha foi estudar no exterior:
Embarquei minha filha no navio e disse, minha filha, vai
Disse, minha filha vai descobrir o que há do outro lado do mar
Embarquei e disse, vai minha filha, descobrir o que há que não se pode contar
Disse, vai e olha com teus olhos o que amor nenhum pode detalhar
Vai, minha filha, sonhar e conhecer melhor o mundo para melhor navegar
Disse, vai, minha filha atravessar fronteiras e encontrar o que existe do lado de lá,
Eu disse vai, que eu fico te esperando aqui minha filha,
Eu fico te aguardando,
Eu disse, vai que eu guardo teu lugar.

Então hoje eu começo meus 19 anos. E começo mal.
Mas amanha tudo pode estar melhor.

Tuesday, April 24, 2007

deu Zebra!

"O Serviço Especial de Transporte de Vizinhança (também conhecido por Zebrinha devido às listas pintadas nas laterais dos veículos) faz parte do Sistema de Transporte Público Coletivo. É um serviço complementar ao convencional, transportando em média 330.436 passageiros/mês. É executado por empresas de transporte sob regime de permissão, com veículos do tipo microônibus, com capacidade de 26 assentos, e tarifa diferenciada, oferecendo a opção do deslocamento entre as quadras do Plano Piloto e os principais setores da cidade (Conjunto Nacional, Setor Comercial Sul, Esplanada dos Ministérios, entre outros) com mais conforto e agilidade."

Vinte e seis assentos? Sabe quantas pessoas tinham na Zebrinha que eu peguei hoje de manha? Bem umas 53, por alto. Isso aconteceu porque o Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF) enfim acabou com a guerra entre Transporte Público vs. Transporte Alternativo (vans) que existiu desde sempre no Distrito Federal. Guerra essa que eu particularmente não sei de que lado estou. De um lado, têm os motoristas de vans que são verdadeiros Serial Killers, e não respeitam nenhuma lei de trânsito. E de outro tem os ônibus do governo em estado calamitoso, que além de ter uma tarifa exorbitante, não atendem a população em praticamente nenhum aspecto.

Eu só sei que a partir de agora eu vou ter que sair de casa mais cedo todo dia, e andar em uma Zebrinha entupida de gente, todo dia, e escutar gente reclamando, todo dia, e ser espremida todo-santo-dia. Pelo menos enquanto eu trabalhar no Senado Federal, e morar na W3 Sul.

De acordo com o nosso ilustríssimo Governador, que por sinal também tem uma magnífica careca, é época de proibir. Que maravilha. Deviam tem proibido ele de ser governador também. Mas é como meu pai diz: "Ainda bem que ele se elegeu, é bom que ele nunca mais se candidata a nada". Como se mal governo servisse de lição pra alguma coisa...

Eu faço uma proposta: que cada um dos políticos abdicassem seus motoristas pelo menos por um dia, e apreciassem a paisagem arquitetônica de Brasília por dentro de um ônibus. Ou melhor, de uma Zebrinha. Eles comprariam um ônibus cada um, com verba do próprio bolso. Mas como já dizia o filósofo: "Zebrinha no c* dos outros é refresco".

Se pelo menos o metrô funcionasse... mas o querido metrô é assunto pra outro post.

Monday, April 23, 2007

Tentativa de intelectualismo.

Daí eu resolvi que eu queria escrever poesia.
Porque poesia é coisa de gente intelectual.
Ui.
E ser intelectual, meu bem, é sonho de todo estudante-universitário-metido-a-besta.
Então, como eu faço? Eu não sou isso não.
Gente intelectual não lê portal de fofoca, não assite os clipes do momento, e nem come rabada na quarta-feira.
Quantos litros de café expresso eu vou ter que tomar?
Quando livros do Nietzsche eu vou ter que ler?
Quantos discos do Chico Buarque eu vou ter que comprar?
Credo, vou ficar pobre com tudo isso.
E ainda não vou ter tempo de ficar no MSN.
E vida sem MSN, não é vida, não é verdade?
Eu tô começando a achar que isso não é vida pra mim não. Essas coisas de falar bonito, e de escrever mais ainda vai além da minha capacidade mental.
E olha que eu sei acender fósforo com uma mão só, e abrir latinha de cerveja com o dente. Aposto que você não sabe.Ou sabe? Se souber diz que não, alguma coisa em especial eu tenho que saber fazer na minha vida.

Já sei, vou fazer poesia de buteco.
Toda essa tentativa de intelectualismo me deu sede.
"ô Bigode, cadê minha cerveja, porra?"

Saturday, January 27, 2007

Realismo Maravilhoso

Que o mundo seja a favor da minha carnavalização, e da minha poesia.
Porque afinal de contas, o trágico também é mágico, aos olhos de quem enxerga para dentro.
Que o meu Realismo Mavilhoso seja aceito, não como verdade, mas como expressão.
Porque a sanidade não nasce para todos, em um mundo que não dá voltas.
E que me descanse a alma.
Porque a tentativa do progresso interior pode ser infindável.





"... o fantástico, para o homem contemporâneo,
é um modo entre cem de rever a própria imagem."
Jean Paul Sartre

Friday, January 05, 2007

Início

Bom, esse é meu segundo blog.
O primeiro descreveu uma fase da minha vida, e espero que esse descreva e acompanhe outra completamente diferente.
Nele, pretendo escrever coisas sobre mim e para mim, e se você ficou sabendo da existência deste, é que de certa forma, quero dividir o que se passa dentro da minha cabeça infame com você, ou não.
O meu primeiro blog existiu durante a minha adolescência, não foi útil, mas também não foi inútil, apesar de fútil.
Agora estou passando para a fase adulta, e acho que vale a pena registrar isso.
Bom, e para começar, vou fazer um daquelas listas de coisas que pretendo fazer no ano de 2007.
Eu sempre tive panico dessas listas, o medo de decepcionar a mim mesma superou a mínima vontade que eu tinha de fazê-las.
Se bem que eu também não era uma pessoa de ambições... mas deixa isso pra lá.
Então, o primeiro ítem da minha lista, vai ser sobre a dita cuja:

1 - Perder o medo de listas de desejos para ano-novo. Porque se eu to achando que eu to passando pra fase adulta, medos como esse já está na hora de perder. Eis-me aqui.

2 - Eu acho que a medida mais desesperadora que tenho no momento é o lance da minha moradia, pretendo agora em janeiro mesmo mudar pra um apartamento, e sair daquela república quente.

3 - Começar a trabalhar em fevereiro, e com o meu primeiro salário, dar entrada em um computador descente, que me acompanhará durante toda a faculdade e quem sabe mais um pouco.

4 - Passar na prova prática do Detran de primeira. E de preferência o mais rápido possivel. Até o fim deste mês pretendo ser a mais nova habilitada a tocar o terror em Brasília.

5 - Para o primeiro semestre de 2007, pretendo praticar mais meus desenhos, terei 4 matérias de desenho na faculdade, e eu não posso reprovar em nenhuma. Aliás, reprovar é algo que eu acho inadimicível, se por algum motivo eu não puder me formar com a turma que estudo atualmente, acho que até desisto do curso. (Mentira.. hahauahua).

6 - E para o segundo semestre, superar o bicho papão da Semadi (Semana Acadêmica de Design) que terei que fazer brotar do nada, juntamente com meus amados colégas de curso.

7 - Eu quero cortar meu cabelo curto! Não tão curto... Mas cadê a coragem?

8 - Tomar vergonha na cara e levar minha saúde a sério. Ou seja, emagrecer. Não vou botar aqui quantos quilos porque afinal, estou superando um medo agora, e não vou ousar me limitar a números.

9 - Parar de tomar refrigerante. Será que eu abandono esse vício de vez?

10 - Fazer a minha tatuagem da perna direita. Ousadia?

11 - Quanto a vida amorosa, eu pretendo me resolver.

12 - Eu quero viver mais, me divertir mais, amar muito mais, e me conhecer mais. Eu quero ser a Luciana, sem influências de ninguém.


Feliz 2007 pra mim.
E seja o que Deus quiser.